|
C3P0: um robô preocupado consigo mesmo |
Em tempos de retrocessos culturais, cognitivos, econômicos, sociais,
políticos, educacionais e jurídicos a função da arte é antes de tudo
perpetuar a si mesma, como linguagem, como espaço e como um ofício.
Desde sempre esta é a rotina do artista profissional: manter sua
interlocução com o circuito de arte, manter-se relevante, por meio de
uma produção de conceitos criteriosos e que dialogue com os atores do
sistema. Os curadores e galeristas também precisam subsistir como
agentes de exposições e coleções interessantes que tragam sólidas
contribuições para a manutenção do circuito cultural e um "progresso" para as artes.
Se a função da arte é perpetuar-se, onde
ficam aquelas funções artísticas como produção de poéticas, transformação
criativa da matéria e observação crítica do entorno?